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Pneus Trail Rider Avon

Confira a experiência que tive utilizando os Pneus Ingleses Avon

Primeiramente é importante esclarecer que não sou um piloto profissional e nem represento a marca, empresas ou mídias especializadas no assunto, bem como entenda as condições em que os pneus foram utilizados.

Outro ponto importante, não trata-se de um teste, mas sim das impressões particulares que obtive com a utilização dos mesmos e feitos sob condições normais de uso. 

Motocicleta: BMW GSA 1.200 2018

Modelo de pneu utilizado: Trail Rider Avon

Medidas: Dianteiro: 120/70-19 e Traseiro 170/60-17

Condições de uso: 100% em rodovias pavimentadas, dentro do Brasil, da Argentina e do Paraguai. 

No Brasil o mesmo foi utilizados nas regiões Centro Oeste com muito calor, chuvas e rodovias com muitas retas e alguns buracos. No Sudeste sob menos calor com algumas chuvas e rodovias mistas mas com mais retas. No Sul com temperatura amena, chuvas e muitas curvas nas regiões serranas. 

Trail Rider.jpg

Percursos Relevantes

1º Percurso: 500 km - Goiânia - Brasília - Goiânia

Percurso com garupa e malas, sendo trecho pavimento de pista dupla de poucas curvas, temperaturas entre 30 a 37 graus.

2º Percurso: 4.800 km - Goiânia - Foz do Iguaçu - Posadas na Argentina - Encarnacion no Paraguai - São Miguel das Missões RS - Serra Gaucha - Serra do Rio do Rastro SC - Curitiba PR - São Jose do Rio Preto SP - Frutal MG - Goiânia

Percurso sozinho e malas, com trechos pavimentados e alternados entre rodovias de pista simples e duplas, alguns buracos, muitas curvas e temperatura mais amena, variando entre 16 a 24 graus, dias alternados entre sol e chuvas.

3º Percurso: 2.000 km - Goiânia - Cuiabá - Goiânia

Percurso sozinho e malas, com trechos pavimentados e alternados entre pista dupla e simples, asfalto ruim com muitos buracos e temperatura extremamente elevada, entre 30 a 40 graus.

 

Impressões

Estética: Sem sombra de duvida é um dos pneus mais bonitos existentes no mercado.  Nas Maxi e Big Trail casou perfeitamente com a estética da moto e onde paramos sempre vem algum motociclista perguntar que "pneu esta na moto".

Barulho/ressonância: Não notei nenhum excesso de barulho provocado pelo desenho que transmite a imagem de um pneu trail. Na minha percepção esse item não teve nenhuma relevância perante demais pneus.

Comportamento: Os pneus tiveram um comportamento à altura da moto, tendo uma excelente performance em todos os tipos de estradas percorridas e considero superiores aos que vieram de fábrica nesse modelo e ano de motocicleta. Nas curvas os pneus possuem um ótimo grip, transmitindo segurança na condução da motocicleta, bem como permitindo atacar as curvas de forma mais inclinada.

Minha maior expectativa estava em utiliza-los em condições de chuvas e pista molhada. Gosto muito do Metzeller Next (fabricação Alemã), tendo esse pneu como referencia para dias de chuva e o Avon demonstrou nesse quesito estar à mesma altura do Next.

Fiz algumas experiências, praticando frenagem forte em linha reta sob pista muito molhada (temporal mesmo!) e o pneu teve um ótimo comportamento, não saindo do controle.

 

Durabilidade

Nesse item precisamos separar a analise do pneu dianteiro e do traseiro, demonstrando também as duas fases de utilização dos mesmos, para que em seguida decida se é o pneu ideal ou não para você. Mas já adianto, essa talvez seja uma ótima escolha para alguns motociclistas, considerando a região onde mais utiliza a motocicleta.  Acompanhe o raciocínio.

Conforme quadro abaixo, além de medir quando instalados os pneus novos, realizei duas outras parciais de medições de borracha nos pneus, utilizando um paquímetro digital para aferição. Essa medida foi realizada no sulco central dos pneus em diversos pontos do mesmo, mas sempre no centro do pneu. Isso é importante porque os pneus apresentam desgastes irregulares e fazendo dessa forma você obtêm uma média de consumo. Registro que os pneus foram instalados tendo a motocicleta com apenas 400 km rodados (os quais foram descontados da quilometragem final), em seguida a primeira medição de desgaste foi com 5.200 km rodados (após uma longa viagem à Argentina e Paraguai) e a segunda medição de desgaste após uma viagem de 2.000 km à muito quente cidade de Cuiabá no Centro Oeste.

Na primeira medição, o Pneu Dianteiro apresentou um desgaste mínimo de apenas 6,6%, o que projeta uma vida útil de até 63.430 km de durabilidade, considerando que temos que respeitar no minimo 1mm da marca de segurança TWI. Isso é claro, usando nas mesmas condições que foram utilizados. Releia o segundo percurso utilizado para entender essa observação.

Nessa mesma medição, o Pneu Traseiro apresentou um desgaste extremamente maior, consumindo 38,8% da borracha, o que projeta uma vida útil de até 12.142 quilômetros, também respeitando o minimo de 1mm da marca de segurança TWI. Apesar do consumo muito maior que o dianteiro, ainda assim não é de todo ruim a previsão de durabilidade, se considerarmos que é um pneu de ótima performance e o mesmo foi usado com peso extra de bagagem por uma longa viagem.

Primeira medição.jpg

Contudo...    a história muda um pouco na segunda medição, quando os pneus foram submetidos às condições de calor extremo. No terceiro percurso os pneus mantiveram um ótimo comportamento de estabilidade mas vieram a apresentar um desgaste maior se comparado à primeira medição.

O Pneu Dianteiro teve um leve aumento de consumo, mas nada que afetasse muito a durabilidade final, caindo mas ainda mantendo uma ótima previsão de durabilidade de até 57.659 km, também respeitando o minimo de 1mm da marca de segurança TWI.

Mas como assim um pneu de moto durar quase 60 mil km? Sim, eu também me fiz a mesma pergunta quando lancei os dados matemáticos na planilha, porém contra números fica difícil argumentar ao contrário. Pode ser que a partir de um determinado momento esse pneu passe a se desgastar mais e ai a quilometragem final não seja tudo isso. No entanto, até o momento é esse o cenário que o atual desgaste demonstra. Mais à frente, utilizando o mesmo por mais quilometragem, poderei trazer essa informação aqui no site.

Já o Pneu Traseiro veio a consumir ainda mais borracha, saltando de 38,8% para 63,8% de desgaste, derrubando sua previsão de durabilidade para 11.010 km. Esse também veio a apresentar o tradicional "chapado", ou seja, acabou mudando seu desenho, ficando "mais quadrado", face o maior desgaste na região central do pneu, ocasionado com certeza pelo calor muito forte da região onde foi utilizado. Se a motocicleta estive com garupa ou mais peso, com certeza o desgaste seria ainda maior.

Previsão de Durabilidade: Importante ressaltar que essa previsão é feita sob um calculo matemático simples, ou seja, se até o momento da medição o desgaste foi de "X%", a lógica é que ele dure até "X KM". Desde que é claro, você continue a utiliza-lo sob as mesmas condições climáticas, de velocidade, terrenos, frenagem, peso, etc...

Por esse raciocínio você pode perceber que quando perguntar a um grupo de colegas em uma Rede Social,  nunca terá uma resposta assertiva sobre durabilidade ou performance de um pneu. Pois os fatores e condições que cada um pilota ira influenciar muito no resultado final. 

Conclusões

Minhas conclusões particulares são:

Por se tratar de um pneu com ótima performance em pistas molhadas e curvas, não existe milagre. Sim, ele vai ser mais macio e consequentemente vai desgastar mais, tendo sua durabilidade final reduzida, principalmente afetado pelo calor. Vamos lembrar que é um pneu desenvolvido para a Europa e não para um país com clima tropical como o nosso. No entanto esse pneu pode ser sim uma boa opção se você mora em regiões mais frias, com estradas mais sinuosas e maior incidência de chuvas. O pneu dianteiro tem ótima performance e nessa motocicleta utilizada o mesmo se mostrou extremamente durável e resistente. No pneu traseiro você terá durabilidade razoável, mas proporcionando um ótimo nível de segurança para as condições acima apresentadas.

Para longas viagens, usando exemplo do Ushuaia, com certeza não seria a melhor opção, porque apesar da ótima performance, seria necessário trocar o pneu traseiro em algum momento da viagem.

Registro que durante a utilização, os pneus não apresentaram nenhuma deformação, bolha ou outro tipo de defeito, como por exemplo cortes nos gomos de borracha.  Na foto abaixo, mostram eles na segunda medição com 7.730 km rodados. Os "pequenos cortes" observados são originais do desenho, os quais não sei explicar por qual razão existem, mas não são defeitos ou cortes provocados durante o uso.

Custo Beneficio: Agora vamos fazer uma outra análise, a financeira. Observou que o comportamento de desgaste do pneu dianteiro é complementarmente diferente do traseiro no caso de utilização em uma GSA1200? Então perceba que para trocar um pneu dianteiro, você somente o fará após ter usado no mínimo 3 pneus traseiros.  Assim, se você utiliza a motocicleta nas condições e percursos acima relatados, utilizar esse tipo de pneu poderá ser uma ótima opção em termos de custo beneficio, considerando o pouquíssimo desgaste do pneu dianteiro. Sabemos que há varias marcas e modelos de pneus que a troca do jogo é quase sempre obrigatória, porque o desgaste é quase que semelhante.

Então é isso, espero ter contribuído para sua analise e mais uma vez reforço que as impressões acima são pessoais, utilizando a motocicleta de forma comum por um usuário também comum, não utilizando nenhuma metodologia técnica ou cientifica para fins de testes.

Um grande abraço.

Segunda medição.jpg

Alcioni Marcio Fritz

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Pneus Usados.jpg

Imagem dos pneus na segunda medição com 7.730 km rodados

ROTA DAS MISSÕES

Aproveite e veja no Youtube o filme da viagem à Argentina e Paraguai onde foi utilizado os Pneus Avon

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Pneus Mitas E7+

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